Transição

/ 22:14

Nunca imaginei chegar a esse momento e nem sequer percebi a mudança.
As coisas foram acontecendo, sabe?! Aquela coisa que chamam “vida”, mas eu nunca me dei conta.
Ela carrega tudo, não de modo ruim, é natural. Como quando o vento ajuda a derrubar as folhas secas
de uma árvore permitindo que novas nasçam trazendo um sentimento de renovação nas pessoas.
Foi mais ou menos assim ao tentar traçar algumas palavras em um pedaço de papel,
pois eu buscava e esperava ansiosamente por suas palavras, acreditando que ainda
faziam parte de mim.
Confesso ter sido um tanto saudosa em um primeiro minuto. É um momento de consciência assustador,
mas satisfatório: você faz parte de mim, mas eu sou cada vez menos você e isso é bom. Isso significa
que você chegou onde esperava e que eu estou onde você desejou ou muito perto. Às vezes, em
momentos como esse, bate uma espécie de saudade, uma nostalgia e um medo fora do normal, assim, tudo junto.
Te escrevo porque quero que saiba que não sou o que esperava, mas não fique triste, eu não estou.
Os seus problemas já não são mais os meus problemas, a sua melancolia já não faz mais parte dos meus
dias, acho até fofo quando me lembro, quando ouço suas músicas ou releio um texto seu.
Enfim, muito mudou, estamos tão distantes, mas ainda ligadas porque os seus sonhos, bom, esses
permanecem, alguns mais elaborados, outros são novos, e outros ainda já são realidade e acredito que
isso me conecta a você.
Você sempre estará em alguma parte de mim e eu sempre serei um pouco de você.

Nunca imaginei chegar a esse momento e nem sequer percebi a mudança.
As coisas foram acontecendo, sabe?! Aquela coisa que chamam “vida”, mas eu nunca me dei conta.
Ela carrega tudo, não de modo ruim, é natural. Como quando o vento ajuda a derrubar as folhas secas
de uma árvore permitindo que novas nasçam trazendo um sentimento de renovação nas pessoas.
Foi mais ou menos assim ao tentar traçar algumas palavras em um pedaço de papel,
pois eu buscava e esperava ansiosamente por suas palavras, acreditando que ainda
faziam parte de mim.
Confesso ter sido um tanto saudosa em um primeiro minuto. É um momento de consciência assustador,
mas satisfatório: você faz parte de mim, mas eu sou cada vez menos você e isso é bom. Isso significa
que você chegou onde esperava e que eu estou onde você desejou ou muito perto. Às vezes, em
momentos como esse, bate uma espécie de saudade, uma nostalgia e um medo fora do normal, assim, tudo junto.
Te escrevo porque quero que saiba que não sou o que esperava, mas não fique triste, eu não estou.
Os seus problemas já não são mais os meus problemas, a sua melancolia já não faz mais parte dos meus
dias, acho até fofo quando me lembro, quando ouço suas músicas ou releio um texto seu.
Enfim, muito mudou, estamos tão distantes, mas ainda ligadas porque os seus sonhos, bom, esses
permanecem, alguns mais elaborados, outros são novos, e outros ainda já são realidade e acredito que
isso me conecta a você.
Você sempre estará em alguma parte de mim e eu sempre serei um pouco de você.
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Eu tive a oportunidade de conhecer Buenos Aires e, além dos pontos turísticos, busquei conhecer outros lugares menos procurados, entre eles, alguns museus, pois não tem maneira melhor de conhecer um lugar senão pela sua história. Decidi, então, trazer aqui no blog três dos museus que visitei enquanto estive por lá.

MALBA - Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires

 O MALBA tem uma exposição destinada exclusivamente a artistas da América Latina, portanto, é possível encontrar quadros de artistas brasileiros como Tarsila do Amaral e Emiliano Di Cavalcanti, entre outros, junto a artistas tão importantes quanto de outros países latinos, como esse quadro da pintora mexicana, Frida Kahlo.
No segundo andar ocorrem exposições variadas conforme a agenda do Museu.
E para quem vai com o dinheiro contado, pode se organizar para ir em uma quarta-feira, em que o valor da entrada é apenas $ 85,00 (pesos), equivalente a cerca de R$ 13,00.








De todas as coisas que acontecem no decorrer da vida é certo como a morte que nunca somos os mesmos do minuto anterior, quem dirá da semana, do mês ou ano passado. Todo acontecimento, por menor que seja, por menos importante que pareça, nos muda sem a devida permissão. Alguns momentos são melhores que outros e nos fazem maiores, outros nos deixam tão pequenos diante da imensidão do mundo e temos a certeza que seremos esmagados por todos esses pés gigantes que correm constantemente de um lado ao outro. Às vezes somos mesmo. Perdemos a respiração, nos ferimos e levamos as cicatrizes. Então esses dias te vi passar da janela lá de casa e me perguntei quão profundas eram suas marcas. Menores que as minhas provavelmente. Talvez meros arranhões. É um tanto estúpido de minha parte que eu tenha dado espaço para sua presença me mudar tanto durante todo esse tempo. É loucura minha, mas ainda guardo cada marca e de vez em quando ainda me vejo como um grãozinho na multidão. Sua simples existência me mudou de tal forma que acredito ninguém mais poderá modificar essa passagem.
Provavelmente nem imagina quantas e quantas vezes parei em frente a uma folha em branco tentando preenchê-la de forma a te explicar a diferença de quem eu era no início de tudo e de quem sou hoje. Sobram sentimentos, mas me faltam palavras.

Jéssica de Paula

Ausência

by on 19:21
De todas as coisas que acontecem no decorrer da vida é certo como a morte que nunca somos os mesmos do minuto anterior, quem dirá d...
Todo mundo precisa de um tempo. Dos problemas, das pessoas, das palavras, de si mesmo. Todo mundo precisa de um tempo longe, se afastar e olhar de outro ponto e, talvez, tomar ciência de quem se é e do que se tem feito. Todo mundo chega em um ponto em que o cansaço bate e não se quer desabafar simplesmente porque não há palavras suficientes para expressar aquele cansaço, a sensação de que nada acontece como se espera e o quanto isso magoa.
Todo mundo precisa de um tempo. Todo mundo precisa de espaço.
Pode parecer falta de interesse nos outros, na escrita, na palavra, mas não é. É só cansaço, é só a necessidade de se retirar e ter uma conversa muito séria consigo. É um momento de percepção e questionamentos pessoais: o que eu realmente quero? O que eu realmente tenho feito?
Então é isso. Acho que é. Essa ausência foi meu tempo, meu espaço. Esse foi meu momento de me afastar e olhar de outro ângulo.
Mas a gente volta. Aos amigos, às palavras, às coisas de antes, mas nunca igual. A gente volta com outra percepção de mundo, com outra visão de vida. A gente volta diferente e é evidente a quem olha, a quem ouve ou a quem lê. Não tem mais aquele jeito de ser ou escrever, mas nada disso é necessário, mas sim a volta. Quando a gente volta, ah, isso sim, é essencial.
Todo mundo precisa de um tempo.
Mas a gente volta.
A gente sempre volta.

Jéssica de Paula

A gente sempre volta

by on 11:30
Todo mundo precisa de um tempo. Dos problemas, das pessoas, das palavras, de si mesmo. Todo mundo precisa de um tempo longe, se afastar e ...

Tinha uma folha de papel em branco na qual rabisquei várias e várias vezes tentando te escrever e contar como tem sido, mas a folha se encheu de rabiscos avulsos e palavras soltas. Não fazia sentido nada do que escrevia, talvez porque nem eu mesma esteja conseguindo entender como tem sido, porque basicamente tem sido uma loucura e é sempre você que coloca tudo em lugar, entende? Você acomoda tudo dentro de mim e parece que sua simples presença me torna mais capaz de segurar tanta carga mesmo que eu não seja capaz de te explicar o motivo de tanta desordem aqui dentro. Mas você tem esse dom de me acolher mesmo que nem sempre entenda o que tento dizer. Desculpe por todas as palavras vagas que te jogo apenas esperando sua compreensão num abraço, deve ser tudo tão sem nexo na sua cabeça porque na minha própria mente é tamanha confusão. Tantas palavras, mas nenhuma frase, nenhuma poesia em nada.
Tentei usar aquela folha, mas era mais fácil na tela porque quando apago ninguém percebe as baboseiras anteriores que eram piores que estas atuais. Na folha é tão mais visível minha desorientação e até risível.
Tenho andado em círculos. Na vida e nas palavras. Escrevo tanto e deve ter percebido que não digo nada porque, sinceramente, queria poder te dizer alguma coisa mesmo de longe, mas é muito mais fácil dizer como me sinto só ao te olhar daquele jeito de quando preciso dos seus cuidados que se resumem em um abraço, um beijo e alguma frase qualquer que me faz sentir em casa.
Tentei escrever sobre como andam as coisas, sobre como me sinto com relação à vida e como me faz falta, mas acho que não me fiz muito clara. A verdade é que sobram os sentimentos e me faltam as palavras.

Música recomendada: Fix you

O que eu não sei dizer...

by on 02:03
Tinha uma folha de papel em branco na qual rabisquei várias e várias vezes tentando te escrever e contar como tem sido, mas a folha se ...
Feliz ano novo, blog novo e resenha nova, minha gente.
Como podem ver, ontem mudei um pouco a cara do blog e hoje a primeira postagem do ano é uma resenha que venho prometendo há tempos, mas, assim como o blog, fui deixando para depois e priorizando problemas. Então agora finalmente estou trazendo para o blog a resenha de um conto (minha primeira resenha sobre conto, aliás.) de uma amiga e escritora já conhecida no mundo blogueiro/literário, a Nina Spim.
"Sempre esperamos o começo de algo: das férias, do ano letivo, da aula de ballet. Mas nunca sabemos se, no decorrer daquilo, algo ainda mais extraordinário pode acontecer."
Escolhi a frase acima porque marca bem o que este conto nos traz. Ele começa em uma sala de aula com Giovana, uma estudante de 13 anos que parece conhecer algo novo dentro de si que nunca despertara antes até o momento em que conhece Laura, a novata tímida "rejeitada" pelos demais na escola. Ninguém parece ver nada demais na garota nova, é só mais uma aluna nova que não vale a atenção, mas Giovana vê em Laura algo diferente que só ela é capaz de notar e, se isso assusta de início, logo toma coragem de sentir-se em paz para seguir suas vontades por mais bagunçadas que pareçam, pois algo lhe diz que, sim, vale a pena ignorar os outros e agir por si mesma.
Por ser em primeira pessoa, o conto parece bastante com um relato da personagem Giovana e, ao mesmo tempo, uma carta que talvez não tenha a intenção de ser enviada para a outra menina. Sabe quando desabafamos um momento sobre alguém, mas não necessariamente iremos um dia deixar o outro ler? Me passou bastante essa impressão.
Giovana narra toda a manhã em que observa e se aproxima de Laura, nos conta sobre a confusão e estranheza de um sentimento novo que parece existir dentro dela e, ao final, existe uma reticências. Não sei se terá ou não continuação, mas o final fica aberto para essa possibilidade ou apenas para nossa própria imaginação do que pode acontecer nos dias seguintes.
Conheci a Nina Spim por causa da escrita e sempre gostei dos seus trabalhos então, obviamente, sou suspeita para falar, mas acredito que o ponto principal de todas as narrações da autora estão no desenvolvimento e expressão dos sentimentos dos seus personagens. O foco não é necessariamente um ato ou acontecimento, mas, sim, como o personagem sente-se naquele instante com relação ao que está acontecendo por fora e ela nos traz isso também nesse conto, assim como em tantos outros que destacam-se por essa característica.
Para conhecer mais da autora basta acessar o link do blog Nina é uma e para ler o conto resenhado basta adquirir pelo Amazon.

"O amor é uma coisa feia e terrível. Praticada por tolos. Ele vai pegar seu coração, e te deixar sangrando no chão. E o que você ganha com isso? Nada, além de lembranças incríveis, que você não consegue se livrar."

"Existem palavras mais bonitas no dicionário que "te vejo amanhã"?"

"O amor não é feito de palavrinhas ridículas, o amor é feito de grandes gestos."

"O amor é encontrar uma coragem dentro de si que nem sabia que existia."

"Todas as ridículas canções de amor, finalmente as entendi."

"Sinto muito, mas te amo mais do que qualquer coisa que já tenha amado."

"É incrível como o tempo passa. Ontem, pensava que a amava. Mas hoje, não me importo mais com ela."

Frases ABC do Amor

by on 16:43
"O amor é uma coisa feia e terrível. Praticada por tolos. Ele vai pegar seu coração, e te deixar sangrando no chão. E o que você ga...