Momentos como este

James Potter descia as escadas, aliviado por ter de parar o que estava fazendo para atender a porta. Nunca pensou que aquilo pudesse acontecer, mas, pela primeira vez na vida se sentia contente por ter que se afastar de Lily. Ele andava em direção a porta com a maior vagareza do mundo para evitar o momento em que precisaria voltar para o segundo andar. Ao abrir a porta viu Sirius Black, seu salvador, parado na varanda.

Sirius olhou assustado para o amigo que estava com a camisa molhada de suor.

- A Lily está acabando comigo.

- Hum, eu sempre soube que as quietinhas são as piores – Sirius falou com um sorriso malicioso já entrando e se jogando no sofá da sala.

- Não é isso seu pervertido – James falou sentando no outro sofá – Bom... Também, mas o problema agora não é esse. A Lily não consegue parar um minuto, ela está nervosa por ter que ficar trancada aqui então fica mudando os móveis de lugar o tempo todo.

- E? – perguntou Sirius.

- Como assim e? E que sou eu quem tem que empurrar tudo.

- E por que você não usou magia? – Sirius falou como se estivesse ensinando pra uma criança que dois mais dois são quatro.

- Nossa, porque será que eu não pensei nisso?! – James falou sarcástico – Ah, lembrei, porque Dumbledore pediu pra que não usássemos magia até que a casa estivesse totalmente protegida. Você acha que eu sou idiota?

- Isso foi uma pergunta retórica? – Sirius perguntou pensativo.

- Cala a boca.

Passos foram ouvidos na escada e James arregalou os olhos como se Voldemort fosse aparecer pela porta da sala a qualquer momento, mas, ao invés disso, quem surgiu foi uma bela ruiva de olhos verdes intensos. Sirius sorriu ao ver Lily.

- Olá Sirius que bom vê-lo.

- Também acho, por isso ando com um espelho na carteira.

Lily revirou os olhos e riu.

- Bom, mas já que está aqui poderia ajudar o Jay a trazer uma estante que está numa sala no andar de cima pra cá e levar esse sofá pra cima.

- Hum, claro – ele respondeu incerto.

Os dois amigos se levantaram e quando Lily se retirou James fingiu chorar.



Sabe velho

São momentos infelizes como este

Que precisamos ter amigos como estes

A dor, eu sei, é grande e o vazio é enorme

Mas faz parte dessa vida

Não tem nada a ver com sorte



James e Sirius tinham acabado de chegar ao segundo andar com o sofá de três lugares quando a campainha tocou novamente.

- Pode deixar – falou James – eu atendo enquanto você coloca o sofá na sala.

- Não – disse Sirius bloqueando o pequeno espaço que o sofá deixava para passar – é melhor você levar o sofá. A casa é sua, além do mais eu nem sei onde a Lily quer que eu coloque.

- Mas eu também não sei. Coloca em qualquer canto.

- Não James. Eu vou abrir a porta – Sirius falou autoritário.

- Ah não vai não.

Os dois se encararam por um tempo e quando a campainha tocou novamente James empurrou Sirius no sofá e correu, ou pelo menos tentou já que Sirius o agarrou pela camisa a tempo o derrubando no sofá. Quando tentou se levantar James jogou o amigo no chão, mas Sirius se recuperou com rapidez e pulou em James o jogando novamente no sofá.

- AAAAAA LILY – James começou a gritar, mas Sirius tapou seu rosto com uma almofada             .

- Agora você vai morrer amiguinho.

Sem que eles percebessem tinham feito o sofá ir para mais perto da escada e de repente ele começou a deslizar escada abaixo. Quando percebeu algo de errado Sirius tirou a almofada do rosto de James que também parou de gritar e se debater.

- Cara, o que tá acontecendo? – perguntou James.

- Nada não. É só o sofá que tá descendo a escada.

- Ah tá.

Quando associaram os acontecimentos Sirius e James arregalaram os olhos e se agarraram um ao outro gritando.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!!!!

O sofá pegou uma senhora velocidade ao cair e só parou quando foi de encontro à parede. A batida foi tão forte que os porta-retratos que estavam pendurados ali caíram na cabeça dos dois que ainda não tinham se largado por causa do susto. Logo após a queda a porta é aberta em um estrondo e por ela surge Remo Lupin com a varinha erguida assim como Lily que aparece no topo da escada.

- Lily como você permite essa indecência na sua própria casa? – Remo perguntou apontando para os amigos que estavam quase colados.

- Lily, meu amor – falou James se soltando de Sirius – não é nada disso que você está pensando.



E pode ter certeza

Estaremos ao teu lado pra te dar uma força

Ajudar a caminhar, a suportar e superar

E novamente, logo, em breve quem sabe um sorriso dar.



- Acabei de colocar o Harry pra dormir – falou Lily entrando na sala onde estavam os três marotos – espero que vocês não façam mais toda essa baderna. Eu juro que se ele acordar alguém morre.

Os três rapazes trocaram olhares assustados e permaneceram em silêncio.

- Melhor assim.

Lily pegou a bolsa de água quente que seu marido segurava na cabeça onde fora tingido por um porta-retrato.

- Ai – reclamou James.

- Deixa de ser crianção, não tá tão mal assim – a ruiva falou verificando.

- Não tá porque não foi com você.

Lily riu e deu um beijo todo carinhoso no local machucado, depois colocou a bolsa novamente e ficou segurando enquanto James a abraçava pela cintura. Sirius, que também segurava uma dessas na cabeça, olhou a cena sentindo uma pitada de inveja por ter que se “cuidar” sozinho, seu olhar rodou a sala e foi parar em Remo que não parecia muito atento a isso. De repente ele notou o olhar do amigo em si, os dois olharam para o casal a frente e se olharam de novo.

- Eeeeee sai fora – disseram ao mesmo tempo se afastando.

James e Lily os olharam intrigados.

- Afinal – começou Remo – o que os dois malucos estavam fazendo?

- Eu tava pegando o Jay não viu?! - Respondeu Sirius.

- Cara, você anda muito estranho – falou Remo.

- O James não é louco de me trair na nossa própria casa – Lily falou indignada – Eu pedi pra ele levarem o sofá pro segundo andar, mas acho que não foi uma boa idéia.

- Ela ainda acha – resmungou Sirius.

- Ah – Remo exclamou simplesmente.

Os outros dois rapazes os olharam esperando pela grande pergunta que não veio.

- Então – falou James.

- Então o que? – questionou Remo.

- Não vai perguntar por que a gente não usou magia?

- Ah, não. Dumbledore não deve ter terminado de proteger a casa e pedido que vocês não usassem.

¬¬’

- Mas parece que os bam bam bans aqui não conseguem se virar sem magia – reclamou Lily.

- É claro que a gente consegue – falou James se levantando.

- É isso aí – falou Sirius – a gente a é foda e vamos provar e o Remo também, não é Remo?

- É claro – falou Remo empolgado, mas depois parou pra pensar um pouco – quer dizer... eu.... er, é é n...

- Você vai mesmo ajudar Reminho? – Lily perguntou com uma voz doce e um olhar todo angelical que ninguém resistia.

- Hum, é claro Lil.



Sabe velho

São momentos infelizes como este

Que precisamos ter amigos como estes

A dor, eu sei, é grande e o vazio é enorme

Mas faz parte dessa vida

E não tem nada a ver com sorte



Remo e Sirius desciam a escada de costas segurando a estante enquanto James segurava do outro lado sem utilizar esforço algum na descida.

- Porque a gente tem que ficar aqui? – Sirius perguntou com dificuldade.

- Porque vocês chegaram depois, eu que tava me ferrando até agora.

- Você tá é se aproveitando – reclamou Remo.

- É bom vocês pararem de reclamar e prestar atenção. Lily adora essa estante, se acontecer qualquer coisa com ela nós somos homens mortos.

Não demorou muito pra que, depois do que James disse, Sirius tropeçasse em um brinquedo de Harry que estava no chão e caísse pra trás, deixando Remo segurando a enorme estante sozinho. Quando tentou se levantar bateu com a cabeça no móvel e, mais uma vez, foi ao chão resmungando de dor.

- Almofadinhas, levanta logo, eu não vou agüentar segurar isso sozinho.

- Droga – Sirius reclamou – eu torci o pé.

- Então se arrasta pro lado.

- Por quê?

- PORQUE A ESTANTE VAI CAIR.

No mesmo instante Sirius se jogou da escada e girou para o lado. A estante veio logo depois se desmontando inteira. Remo e James sentaram nos degraus tentando recuperar o fôlego. Os três olharam para a estante, ou melhor, para os destroços indefiníveis em que esta se transformara, na cabeça de cada um se formulou uma forma rápida de morrer antes que Lily os pegasse, pois quando isso acontecesse com certeza seria doloroso.

- Meninos que barulho foi esse? – eles ouviram a voz da ruiva vindo do quarto de Harry.

Quando Lily chegou à escada observou o que um dia fora sua linda estante. Ela desceu em silêncio até o local do “homicídio” depois se virou para os três com um olhar assassino.

- O-que-vocês-fizeram-com-a-minha-estante?

- Amor. Minha ruivinha linda e maravilhosa. Minha coisinha cuti cuti – James falava com um sorriso trêmulo – foi um pequeno acidente.

- Pequeno acidente? Pequeno acidente? PEQUENO ACIDENTE SENHOR POTTER. ISSO FOI UM... UM... EU NÃO SEI O QUE ISSO FOI, MAS FOI MUITO PIOR QUE UM ACIDENTE. EM PRIMEIRO LUGAR O QUE VOCÊS ESTAVAM FAZENDO COM A MINHA ESTANTE? QUEM MANDOU MEXEREM NELA?

- Você Lily – Sirius respondeu incerto, achando que a amiga podia estar com Mal de Alzheimer ou coisa do tipo.

- É – concordou Remo – você pediu pra colocarmos a estante do segundo andar aqui embaixo.

- EU NÃO TAVA FALANDO DESSA ESTANTE. EU FALEI PRA VOCÊS PEGAREM A ESTANTE QUE DUMBLEDORE ME DEU DE PRESENTE, ELA ESTÁ NA CAIXA VOCÊS TEM QUE MONTAR SEUS TROGLODITAS.

Pronto, agora eles tinham certeza: iriam todos morrer, e de forma bem lenta e trágica. Lily ficava cada vez mais vermelha, talvez explodisse antes de matá-los pensou Sirius, mas, antes que ela pudesse se decidir de como esconderia as provas do crime o choro de Harry soou lá de cima.

- ESTÃO VENDO AINDA ACORDARAM O BEBÊ.

Lily subiu toda irritada entrando no quarto do filho e batendo a porta com força.

- A gente acordou? – perguntou Sirius.

- Obrigado filhinho papai te ama.

- E MONTEM LOGO A PORCARIA DA ESTANTE – Lily gritou novamente no que eles se levantaram num pulo, Sirius com mais dificuldade, e foram atrás da outra estante.



E pode ter certeza

Estaremos do teu lado pra te dar uma força

Ajudar a caminhar, a suportar e superar

E novamente, logo, em breve, quem sabe um sorriso pode



Remo virava e revirava o manual que dizia que ajudaria a montar uma estante, mas, por mais que tentasse decifrar aquilo, não entendia nada do que dizia ali. James e Sirius olhavam para as peças da mesma tentavam encontrar encaixe para elas na louca, mas estavam tendo tanto sucesso quanto Remo.

- Cara, será que você pode dar uma dica? – perguntou Sirius tentando encaixar um parafuso em um canto qualquer.

- Eu to tentando, mas isso aqui é sereiês pra mim.

James levantou nervoso e pegou o manual da mão do amigo.

- Dá isso aqui, você não entende nada.

- Vai lá sabidão. Quero ver se sair melhor – respondeu Remo irritado.

Parece óbvio que James obteve tanto sucesso quanto o outro. Virou o papel de ponta cabeça de lado, colocou contra a luz tentando descobrir algum código secreto e... Nada. Depois dele foi a vez de Sirius que desistiu muito mais rápido que os outros dois.

- Quer saber – Sirius falou jogando o manual no chão – vai ser com a cara e a coragem.

E assim foi. Três amigos totalmente desastrados e acostumados a usar magia para tudo a vida inteira, tentando montar uma estante de maneira trouxa. James derrubou uma tábua na cabeça de Remo que furou o dedo de Sirius com um parafuso que revidou quebrando a porta de vidro na cabeça deste. James conseguiu até mesmo martelar os dedos da mão em que segurava o martelo de modo que nem ele soube explicar como. E por aí foi, arranhões, tombos, marteladas. Depois de uma hora não tinham conseguido nem montar a base da maldita estante. Sirius decidiu empurrar o sofá de dois lugares para abrir espaço e foi quando encontrou uma carta jogada ali. Sem nem mostrar para James já foi a abrindo.

- Eu não acredito – falou se mordendo de raiva depois de ler a carta.

- Que foi? – perguntaram os outros dois.

- Pontas seu retardado, você já leu essa carta?

- Ei, olha como fala. E quem te deu o direito de ler minha correspondência? Isso é crime sabia?

- Essa é uma carta de Dumbledore. Dizendo que a casa já está totalmente protegida, e que você e Lily poderiam ter suas vidas de bruxo normalmente.

- Tá brincando né? – perguntou Remo se jogando no chão.

- Eu lembro o dia em que a coruja trouxe essa carta – James falou pensativo.

- E por que você não leu? Aliás, como ela foi para embaixo do sofá?

De repente James ficou vermelho, mas depois sorriu ao lembrar mais claramente do dia em que a carta chegou e ele e Lily estavam ocupados demais naquele chão para dar atenção a qualquer coisa em volta.

- É que tava meio...

- Meu Merlin – disse Sirius colocando as mãos nos ouvidos – é melhor não terminar. Eu não quero ouvir, eu não quero ouvir.

- Eu também, eu também não – Remo falou o imitando.

James sorriu malicioso.

Depois de muitos palavrões de indignação os três colocaram suas varinhas para trabalhar, arrumaram tudo o que tinha destruído, inclusive eles mesmos. Depois da casa impecavelmente limpa se jogaram no chão, aliviados.



Estaremos ao teu lado pra te dar uma força

Ajudar a caminhar, a suportar e superar

E novamente, logo, em breve quem sabe um sorriso dar



- Como andam as coisas lá fora? – James perguntou se sentando em uma cadeira.

Depois de quase morrerem a pedido de Lily os três marotos estavam descansando e colocando a conversa em dia enquanto tomavam cervejas amanteigadas na cozinha.

- Cada vez piores – respondeu Remo – pessoas morrendo misteriosamente, bruxos e trouxas não importa o sangue. O ministério está tendo dificuldades pra disfarçar a morte de trouxas já que a maldição não deixa rastros, pelo menos para eles.

- Fiquei sabendo que mais uma família foi morta semana passada.

Ninguém respondeu ao comentário de James. Remo apenas olhou para Sirius que abaixou a cabeça, visivelmente incomodado, depois se levantou e caminhou até a janela e permaneceu calado olhando para o nada. Raramente eles o viam assim, mesmo em meio a uma batalha Sirius era sempre animado, sarcástico, gostava de irritar seus oponentes com palavras e se vangloriar e, no entanto, ali estava ele tristonho sem seu constante no olhar.

- Os McKinnon – constatou James e Remo afirmou com a cabeça.

 - A família toda – disse Remo se encostando ao balcão perto de Sirius.

- Sinto muito – James disse para Sirius, mas sem coragem de olhá-lo, se sentia tão incapaz, às vezes sentia raiva de si mesmo por estar ali trancado, sendo um peso para os outros por ter de ser protegido por eles. – Queria estar lá fora, lutando como vocês. Sinto-me um inútil trancado aqui.

Remo notou os olhos de Sirius se encherem de lágrimas, o que de certo modo isso o impressionou, logo ele, Sirius Black, que sempre se mostra tão forte e inabalável chorando na frente dos outros.

- É pela sua família – Sirius falou finalmente sendo vencido pelas lágrimas – pelo Harry e pela Lily. Você está tendo a oportunidade de proteger as pessoas que mais ama James... Eu não tive essa oportunidade. Nem pude ter minha família.

O silêncio se aconchegou no cômodo após tais palavras. Remo não disse nada, mas dentro dele a mesma lamentação reinava. James tinha uma família, um filho incrível, uma esposa linda e companheira, mas ele não tinha ninguém. Talvez tivesse um lado bom, afinal, estavam em meio a uma guerra e seria um problema a mais com que se preocupar, a proteção deles, mas também seria uma grande alegria ter alguém com quem compartilhar o que sentia, lhe acalmar seu coração tão angustiado com tanta tragédia. Além do mais o que Remo Lupin deixaria aqui na Terra após sua morte? Será que as pessoas o lembrariam? Era isso? Seria uma mera lembrança?

- Você tem uma família – falou James – Os dois. Família acima de tudo é aqueles que te amam, que fariam de tudo pra lhes proteger, o sangue não é tudo, não é isso que lutamos para provar pra esse bando de ignorantes?! Vocês são mais que amigos pra mim, são minha família. Eu sei que não estou num momento favorável pra dizer isso, mas eu vou estar com vocês até o fim. O fim da guerra, o fim de Voldemort ou o meu fim... Não importa. Vocês fazem parte da minha família.

O silêncio surgiu mais uma vez, mas agora não era triste ou melancólico, era algo muito mais intenso que deu lugar a esperança de que eles ainda tinham chance de um dia salvar aqueles que tanto amavam, o preço não importava.

- Olha só pra nós – falou Sirius rindo – Os Marotos tão confiantes de si mesmos agora estão com medinho.

Remo e James começaram a rir.

Um bebê de olhos verdes idênticos ao de Lily entrou engatinhando na cozinha e se dirigiu ao seu pai que o pegou no colo.

- Ai filhão. Olha quem tá aqui – James falou apontando para os amigos – tio Aluado e o padrinho Almofadinhas.

- Dinho – falou Harry esticando os bracinhos para Sirius que correu pegar o menino todo contende e o jogou para cima fazendo o garoto rir.

- Que saudade do meu afilhado.

James olhava para Harry com tamanha devoção que seus olhos chegavam a brilhar quando encontram o menino.

- Me prometam uma coisa? – pediu James recebendo atenção dos amigos – se... Se alguma coisa acontecer comigo vocês cuidarão deles pra mim?

Remo e Sirius se entreolharam sentindo um arrepio lhes subir pela espinha, mas logo sorriram.

- Vai ficar tudo bem com Harry, James – Remo falou tranqüilizador.

- Ele é um garotão forte não é mesmo Harry? – falou Sirius colocando o afilhado no chão.

Assim que o menino se retirou eles ouviram a voz de Lily.

- Rapazes eu estava olhando o quarto do Harry e pensa... – quando Lily chegou a cozinha ela estava vazia, sem nem sinal de algum deles – estranho. Jurava que tinha ouvido as vozes deles aqui – falou consigo mesmo se retirando.

Remo soltou o ar aliviado atrás do balcão e olhou para Sirius escondido atrás do fogão, depois de se cruzarem o olhar dos dois foi para o armário perto da pia que se abriu revelando James. Os três se encararam e deitaram no chão rindo sem motivo aparente, simplesmente pela alegria de estarem juntos e saber que sempre poderiam contar um com o outro independente do resto do mundo.



Talvez eu não entenda hoje porque tudo tem que ser assim

Exatamente assim

O ganho de alguém, a perda de alguém

Dívida, dor, sofrimento além

Toda essa angústia sirva para crescer e fortalecer.


Fic por Jéssica de Paula
inspirada na música Momentos Como Este da Banda Pimentas do Reino

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